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Narrativa para a música "Aria d'Opera Italiana, em Si menor: “Sobre a Rareza do Amor”.
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Primeira parte da narrativa, é sobre a composição da “Ária”:
Sempre achei as Árias, músicas feitas para acompanhar a encenação de peças teatrais conhecidas como "Óperas", composições com conteúdo de fortes emoções e bonitas. Então resolvi aceitar o desafio de compor a minha primeira Ária para uma “Ópera Italiana“, ainda inexistente, que irá contar uma história “Sobre a Rareza do Amor”.
O grande desafio era fazer uma música que, assim como o amor, fosse envolvente, provocasse emoções e enaltecesse o amor em todo o seu esplendor: tão desejado, mas dificilmente experimentado.
A inspiração começou pela sequência de acordes que formam a harmonia, mas que contém variações melódicas que fazem a preparação para acolher as vozes. E somente depois da harmonia concluída, dei início a composição da melodia, com as vozes executada por trechos digitais de uma ópera cantada, por cantores reais. Fui procurando as frases e palavras, vinculadas ao amor, que se encaixavam nos acordes da harmonia, e colocando-as na ordem em que as encontrava. Toda a música foi composta e conduzida pela própria inspiração.
Com isto, o desafio da composição foi alcançado pela harmonia melódica envolvendo as vozes, com a sua progressão de acordes que instigam a imaginação, transformando as duas melodias distintas em uma integrada: assim como o amor.
A cantora revelação, descoberta durante os ensaios da ópera, começa a cantar a partir do minuto 04:16, participando da finalização a Ária.
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Segunda parte da narrativa (descrita parcialmente), o drama a ser encenado na Ópera “Sobre a Rareza do Amor”:
“A história é sobre o amor: as dificuldades de encontrá-lo e de reconhecer a sua existência”.
O amor, tão desejado, é o mais elevado e nobre dos sentimentos humanos: transcende o espaço, o tempo e o próprio ser, tornando-se pleno e universal. Nada o destrói, nem ele se desfaz, é eterno, quando existe; mas muito raro para ser encontrado: uma “Rareza”.
As pessoas não o encontram porque não sabem o que é amar, portanto, não sabem o que procurar e, mesmo quando estão diante dele, não o reconhecem porque lhes faltam a capacitação para amar, consequentemente, não se identificam quando estão próximos.
E como saber se “você está capacitado para amar ou a aprender”? Basta pensar se você é capaz de ajudar alguém sem que ela peça, apenas por perceber que ela precisa: sem julgar o merecimento, sem pedir ou aceitar algo em troca. Esta atitude demonstra que você sente e reconhece o valor das pessoas, naturalmente.
O amor precisa, primeiramente, estar dentro de si, antes de procurá-lo em outras pessoas ou de tentar ensiná-las a lhe amar. Amar é um sentimento, mas precisa ser desenvolvido e amadurecido, assim como a confiança: exige força de vontade (querer).
O amor é um novo paradigma na forma de perceber as pessoas, aceitando-as como elas são (completas), incluindo os seus valores: sem mudar, sem julgar e com um respeito absoluto à pessoa. É uma evolução da consciência que modifica o comportamento humano, estendendo-se ao mundo em sua volta, incluindo as coisas. Depois de se alcançar esse estágio de evolução, você é capaz de amar: passa a identificar-se com o amor e a reconhecê-lo por proximidade.
Mas como envolve outra pessoa, ainda falta ser correspondido. A outra pessoa, também precisa estar capacitada para amar, para que o amor alcance toda a sua plenitude, criando um vínculo inquebrável: “um vínculo de amor”.
Mas mesmo assim, a capacidade para amar continua sendo um valor da consciência de cada indivíduo, voltado para os seres, independentemente de ser correspondido ou não, da mesma forma que o amor não é necessariamente único.
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“Enquanto a felicidade é a internalização da aceitação de um estado de equilíbrio com as coisas que se tem, o amor é a externalização da aceitação dos seres como eles são”. Antonio Acacio.
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