Letícia Tuí
Rio de Janeiro
Cantora de grande referência no cenário carioca, Letícia Tuí mistura tudo que é bom: samba, xote, afoxé, forró, frevo, baião.
Comemorando 16 anos nos palcos, e com variedade rítmica singular, utiliza de influências da cultura popular brasileira, suas raízes africanas, a cultura dos morros cariocas e do folclore nordestino.
Dona de um repertório aclamado pela crítica e pelo público, em 2008 a cantora carioca foi indicada em duas categorias para o Prêmio TIM. Na categoria "Melhor Cantora Regional", concorreu com Elba Ramalho e Ivete Sangalo. Foi indicada também a "Melhor Cantora por Voto Popular", junto com Elza Soares, Gal Costa e Alcione.
Letícia nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de novembro de 1973 e começou a cantar com apenas 3 anos nas reuniões de família. Aos 12, ganhou seu primeiro violão e com o pai, freqüentava serestas, onde aprendeu o valor dos grandes compositores brasileiros.
No ano de 1998, Letícia iniciou aulas de Canto. e após realizar vários shows com diferentes temáticas, evidenciando assim sua versatilidade, Letícia Tuí foi convidada pelo acordeonista e pianista Chico Chagas, para se apresentar nas melhores casas de show da Lapa e aí a cantora definitivamente se consagrou.
Em 2007, lançou o primeiro CD, "Sambaião", em repertório que mistura Chico Buarque, Gilberto Gil e Jackson do Pandeiro com a nova safra de compositores, como Edu Krieger, Edu Kneip, Alfredo Del Penho e outros.
A direção ficou por conta de Alexandre Caldi e os arranjos em parceria dele com o irmão Marcelo Caldi.
Das 13 canções, 10 são inéditas, dentre elas: "Nos Olhos do Amor", de Geraldo Azevedo, que participa do disco.
Em 2014, lançou o "Música para Curar", CD autoral que une as várias facetas da cantora que também é terapeuta. Das 11 canções, 10 são suas e Edu Kneip compôs a música que dá nome ao CD, contando a historia da cantora.
A direção musical e os arranjos ficaram por conta da dupla Nando Duarte e João Callado, o CD conta com vários gêneros musicais, e sua identidade fica registrada nas letras que trazem uma mensagem de esperança e consciência.
Em dezembro de 2015, lançou seu terceiro CD "Bate Tambor", uma homenagem em gratidão a influência africana na cultura brasileira.
O CD conta com composições belíssimas. A música que deu norte nesse projeto se chama Tá na cara, canção composta e gravada por Gonzaguinha, que vai abrir o CD dizendo: " O Brasil não conhece a África, mas a África sabe bem do Brasil….". E a idéia era buscar compositores brasileiros que também tivessem esse carinho pela África. Então o grande Geraldo Azevedo, lhe mostrou uma música que fez para o poema "Fogo e Ritmo" de Antônio Agostinho Neto, presidente e líder do movimento de libertação de Angola. Edu Prestes compôs, especialmente para esse CD uma canção que fala da criança africana com seu tambor. Zé Paulo Becker lhe deu de presente duas pérolas inéditas compostas com Paulo César Pinheiro falando do Maculelê e da beleza dos terreiros. Toninho Nascimento (compositor de várias músicas do repertório de Clara Nunes) e Evandro Lima compuseram uma canção inspirados na idéia da ginga da mulher e da capoeira. Raphael Gemal assina duas canções, uma com Edu Kriger que fala da diversidade dos temperos, e outra com Ricardo Szpilman que conta a mitologia dos "Filhos de Yemanja". De Elisa Addor o canto pra Janaína, e Paulo César Pinheiro assina mais duas canções, com Sérgio Santos a história das senzalas, e com Roque Ferreira a reverência a Ogum. E a cereja desse bolo, uma música de Moacyr Luz onde escreveu de forma poética que, apesar da pele branca e dos olhos azuis, não falta negritude no sangue da cantora. Músicas compostas com o coração, e cada compositor a sua maneira falando onde a cultura africana os influenciou.
Letícia Tuí’s tracks
published on
published on
published on
published on
published on
published on
published on
published on
published on