O ano era o sétimo antes do fim do meu século.
Bem no começo da estação das chuvas, sob o célebre calor luandense, nos braços duma mulher que também tratei por avó, ecoaram os meus primeiros berros. Ainda sem sonhos, talvez. Exclusivamente detenta num apego excessivo aos próprios interesses. Nove cacimbos depois, em véspera de novas chuvas, aqueles rugidos elevados e ásperos aclamaram a artista inerente à mim. E, desde então, também sou isso — sobrenadando mares revoltos, porém, compensadores, com braços fortes e aspirações já firmes.
Fora as sete publicações próprias no meu repertório literário, também tenho um número de obras publicadas em periódicos internacionais, como: The Red Jacket (E.U.A., 2014), The Sligo Jornal (E.U.A., 2015), Antologia dos Melhores "Novos" Poetas Africanos (Camarões, 2015-16), Antologia de Textos Premiados da AVL (Brasil, 2016), The Wagon Magazine (Índia, 2017), Teixeira de Pascoaes Vol.III — Pensamento e Missão (Portugal, 2017), Antologia do Concurso Literário de Itaporanga (Brasil, 2017), Maryland’s Best Emerging Poets (E.U.A, 2018), CIVICUS’ State of Civil Society Report (África do Sul, 2018), Revista Empodere (Brasil, 2018), Revista Philos (Brasil, 2018) e Antologia de Poesia Portuguesa Contemporânea “Entre o Sono e o Sonho” (Portugal, 2018).
Pelo enredo da vida construída com erros, eversões e esforço, estão sinais de potencial e ganhos por extrema devoção. Em 2016, do Brasil, o Prémio Maria José Maldonado de Literatura, foi o primeiro que recebi. No ano seguinte, Portugal e Brasil voltaram a condecorar-me com o prémio de participação no Concurso Artístico Teixeira de Pascoaes e o de participação no 6º Concurso Literário de Itaporanga, respectivamente. Em 2018 foi a Menção Honrosa no 2º Concurso de Haicai de Toledo - Kenzo Takemori. Com isso, considerando a complexidade e a multitude da artista inerente a mim, vivo uma vida que continuamente me proporciona razões para agradecer e celebrar.
Desde que me conheço como peça necessária do quebra-cabeça social, poucas coisas são tão importantes quanto a realização efectiva da minha responsabilidade para com a sociedade. Essa compreensão também me tem rendido condecorações como dois Certificados de Cidadão Diplomata outorgados pela Universidade do Distrito de Columbia em Washington D.C. Fui igualmente convidada para dissertar em conferências internacionais como a de Educação para a Cidadania Global na Bélgica e a da Embaixada do Brasil em Washington, D.C. sobre as “Vozes femininas na literatura de língua portuguesa”. Também tive a honra de escrever o poema “Éden” que se tornou a música “Rishikesh” do álbum “antes da monção”, o segundo dos SENZA, um dueto Português.
Na tentativa de honrar cada reconhecimento, dar vida à uma das minhas maiores paixões e, o mais importante, responder ao meu chamado, dedico-me incansavelmente à criação e participação de projectos que beneficiam a comunidade ao meu redor. SmallPrints, Faça o Bem Lendo Mais e The YA Project são alguns desses projetos. E, conduzida pelo que almejo um dia contribuir para o mundo, ainda que apenas parte dele, no início de 2018, participei de uma formação profissional de historiadores — oferecida pela D.C. Oral History Collaborative, com a colaboração da Humanities D.C. e da D.C. Public Libraries — adquirindo certificação e habilidades pra praticar, com eficiência, a história oral.
Hoje, ainda com erros, eversões e muitos esforços — sempre auspiciosa — sigo caminhos que vão desde a arte da representação gráfica da linguagem aos que aproximam o mundo à uma metamorfose esperançosa.
Cláudia Cassoma’s tracks
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