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Morando em São Paulo há dois anos, produtor musical paraibano lança disco de inéditas
inspirado na cena eletrônica paulistana e na cultura popular nordestina
“Grave Da Mata” é o primeiro álbum de uma série de três volumes e traz parcerias com
Totonho, Laylah Arruda, Mis Ivy, Ingrid Sotero, Aghata Saan e um remix do ÀTTØØXXÁ
Ao vivo, FurmigaDub é acompanhado por Mestre Nico (Siba) e Rafaella Nepomuceno
(Coco de Oyá)
Disco será lançado nas plataformas virtuais e em show no Estúdio Bixiga dia 9/11/2018
FurmigaDub é o projeto de Fabiano Formiga, multi-instrumentista paraibano formado
pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que tocou por 13 anos nas Orquestras
Sinfônicas do Estado e que desde 2011 se dedica à produção de faixas autorais. Suas canções
vêm conquistando o público das principais festas de música brasileira e eletrônica do Brasil,
onde ele é presença constante tanto em DJ sets quanto em apresentações ao vivo. Além de
compor suas próprias músicas, FurmigaDub é responsável por resgatar e gravar canções de
mestres da cultura popular nunca gravados, ajudando a preservar e difundir esses trabalhos
tão únicos da cultura brasileira, como aconteceu com a música “Ainda Dapadá”, composição de
Anita Garyballdi, artesã paraibana que vende bonecas em feiras e que ganhou as pistas dentro
e fora do Brasil.
Seu primeiro álbum, “Grave Da Mata” (2018), é a consolidação de um trabalho sólido
de pesquisa cujo resultado é um som único e inovador. O “grave” se refere ao “bass” e a bass
music do Brasil, que é bem diferente daquela produzida em outros lugares. O termo “grave
brasileiro” é usado por FurmigaDub para definir sua produção, que mistura as batidas e notas
graves da música eletrônica com ritmos brasileiros, como o maracatu, coco de roda, xaxado,
xote e outros, seguindo os passos de outros adeptos da fusão da música eletrônica com
regionalismos, como DJ Dolores, Chico Correa, Maga Bo, Marcelinho da Lua e BID. Com a
“mata”, FurmigaDub busca ressaltar a importância das culturas afro e indígena na formação da
nossa cultura nacional. “A cultura brasileira nasceu na mata e até hoje muitas das nossas
referências são tropicais”, diz.
O “Grave Da Mata” busca valorizar nossas origens e apontar para um futuro que
dialogue com essas ancestralidades ao misturar ritmos tradicionais com a música eletrônica.
Por outro lado, os temas explorados refletem a vivência no centro da capital paulistana, lugar
que o músico escolheu para morar assim que chegou em São Paulo, há dois anos. Morando no
prédio do Estúdio Lâmina, espaço localizado no Vale do Anhangabaú que recebe artistas das
mais diversas linguagens, FurmigaDub viu sua rotina mudar completamente. Os dias
ensolarados e praianos de João Pessoa foram trocados por uma vida noturna agitada e grande
interação com grupos e manifestações culturais diversas. Essas trocas influenciaram tanto na
sonoridade quanto na escolha dos artistas que colaboraram em suas produções mais recentes.
Entre os nomes que fazem parte desse registro, estão Totonho, Laylah Arruda, Mis Ivy, Ingrid
Sotero, Aghata Saan e ÀTTØØXXÁ.
Trabalhando com o conceito de riddim, método de produção musical jamaicano,
FurmigaDub criou as bases instrumentais das canções e convidou artistas para fazerem as
letras em cima. FurmigaDub e Totonho, músico paraibano reconhecido nacionalmente, já eram
parceiros de longa data. Mis Ivy e Rafa Dias do ÀTTØØXXÁ se tornaram amigos em viagens
pelo Brasil, enquanto Laylah Arruda, Ingrid Sotero e Aghata Saan foram descobertas em shows
pela capital paulistana. A forte presença feminina é um dos pontos altos do disco. Além de
emprestarem a potência de suas vozes, as cantoras também fortalecem as músicas trazendo
suas visões de mundo para um universo extremamente masculino. O disco foi concebido,
gravado, mixado e masterizado no Lajedo Estúdio e a arte da capa ficou por conta de Raunny
Souza e Thiago Verde, com intervenções poéticas de Ikaro Max.
- Genre
- gravebrasileiro
Contains tracks
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