luceryon Enzo Ogusko Ribeirão Preto Entrando no desconhecido... Wirt, sentado na relva, recita seus versos melancólicos para Beatriz, uma minúscula mancha azul pousada numa moita próxima. O garoto neotérico Gregório, por outro lado, rodopia seu sapo no ar agarrando-lhe as mãozinhas, enquanto lhe oferece uma gama de nomes. Até que me vê bisbilhotando atrás da vegetação e se espanta, exibindo um doce e estranho sorriso inocente… Agora, para o meu próprio espanto, ele se aproxima, saltitando. Quando chega, nada diz, só estende seu bracinho e oferece a mão como convite para, talvez, entrar mais profundamente no desconhecido. E assim o faço sempre quando névoa espiralada dança diante dos meus olhos, surgindo do trago do fumo bolado e se extinguindo à medida que sobe.